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Fotos: Paula Fernandes
Diretor médico Haberlandh Sodré, coordenador da Emergência, Aníbal Dragão e diretor-geral do Huap, Tarcísio Rivello

Emergência setor masculino

Emergência setor feminino
Diretor do Huap afirma que Emergência permanece aberta 24 horas
21/2/2014

Marcia Lomelino, com participação de Gabriela Lacerda (Huap)

O diretor-geral do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Tarcísio Rivello, é categórico ao afirmar que a Emergência do Huap está aberta 24 horas por dia e nunca foi fechada. Segundo ele, o que mudou nos últimos anos foi o perfil dos atendimentos realizados no hospital. A partir de 2008, o Huap passou a adotar o modelo de gestão de emergência aberta, referenciada e regulada, isto é, não atende a demandas espontâneas, mas, sim, a encaminhamentos de outras unidades de saúde por meio de uma central de regulação e também pelo setor ambulatorial do próprio hospital.

O sistema de emergência do Huap está em consonância com os conceitos de hierarquização e referência e contrarreferência estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Seguindo esse modelo, o diagnóstico inicial e os primeiros procedimentos de emergência são realizados nos serviços de saúde da região em que reside o paciente.

Quando o quadro clínico do paciente é considerado de alta ou média complexidade, o médico da unidade de atendimento faz o encaminhamento por meio do Núcleo Interno de Regulação do Huap, que entra em contato com a Emergência do hospital, a fim de avaliar se o caso se enquadra no perfil da instituição.

Para Rivello, uma Emergência com demanda espontânea, além de não ser responsabilidade do Huap, incorre em uma série de distorções. “Somos um hospital universitário, de ensino. Temos de ter uma qualidade de atendimento para que possamos ensinar aos residentes e estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia, por exemplo, como é feito o atendimento”, enfatiza.

De acordo com o diretor, “o ambulatório é a principal porta de entrada dos pacientes que chegam ao Huap, encaminhados pelas redes municipais da região Metropolitana II do SUS/RJ. É no setor ambulatorial que é feito um atendimento de forma especializada e/ou multiespecializada, utilizando-se o profissional técnico ou docente, o residente e o aluno, apanágio para o atendimento acadêmico de um hospital universitário”.

O Huap se destaca na região em que presta serviço por realizar, dentre outras intervenções, transplantes de rim e córnea, cirurgias cardíaca e vascular e tratamento oncológico. Atualmente, a emergência referenciada do Huap atende à Região Metropolitana II, que abrange os municípios de Niterói, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá. O hospital realiza por volta de 850 atendimentos e 1.750 procedimentos por mês, em 44 especialidades diferentes, além de cerca de 5.900 procedimentos ambulatoriais e 11.500 consultas.

De acordo com o diretor médico do Huap, Haberlandh Sodré, cabe às unidades de saúde dos municípios e do estado o atendimento às demandas de menor complexidade. “O Antônio Pedro hoje tem um papel a cumprir dentro da rede de assistência do SUS, que é atendimento de alta complexidade. E para atendimento de alta complexidade a emergência tem que ser uma emergência referenciada e a grande porta de entrada é o ambulatório”, explicou.

O coordenador da Emergência do Huap, Aníbal Dragão, destaca a importância de se atender os pacientes com qualidade e de maneira digna. “Podemos não atender em quantidade, mas em qualidade e dignidade ao paciente, e isso é fundamental. Não adianta atender muito e mal.” Hoje, a Emergência do Huap conta com oito leitos no box masculino, oito no box feminino, quatro leitos na Hipodermia e seis leitos na Emergência Pediátrica.

A experiência de quem é atendido no Huap

Internado no Huap, Hélio Gonçalves, 87 anos, passou primeiro pela UPA de São Gonçalo e disse que sempre foi muito bem tratado no hospital, inclusive nas consultas eletivas. Gonçalves, que já esteve internado no Huap outras três vezes, elogiou as novas instalações, com camas bem confortáveis.

Com dores abdominais, Samuel Soares de Araújo veio do Hospital Getúlio Vargas para ser tratado no Huap e está satisfeito com o tratamento que tem recebido da equipe. “O atendimento no Antônio Pedro é muito bom. Realizei alguns exames, dentre eles, a tomografia do abdômen e nem sinto cheiro de hospital aqui”, relatou.

Huap tem proposta de Emergência consorciada

A direção do Huap tem como proposta para organizar o sistema de emergência de Niterói a construção de uma emergência regional de demanda espontânea aberta 24 horas. O projeto se baseia no modelo de consórcio, de acordo com a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, e envolve a participação do município, do estado e da esfera federal.

A UFF seria o parceiro político institucional responsável pela parte acadêmica, por meio de um convênio de cooperação técnica, envolvendo internos, alunos de graduação de Medicina e de outras áreas de saúde, e da residência médica e multiprofissional.

--> Confira o gráfico que representa a proposta do Huap.
UFF Notícias - Superintendência de Comunicação Social (SCS)