Fotos: Felipe Gelani

A coordenadora técnica do Telessaúde, Jamaci Lima, durante seu discurso de agradecimento perante representantes da UFF e da Marinha do Brasil


Vice-almirante da Marinha Edson Baltar da Silva


Comunidade acadêmica prestigiou o evento


Autoridades da UFF e da Marinha descerram a placa de inauguração
UFF e Marinha inauguram Laboratório Holográfico
11/11/2014
Jéssica Rocha (Estagiária de Jornalismo)

O Laboratório Holográfico do Programa Telessaúde foi inaugurado nesta segunda-feira, 10 de novembro, no Mequinho da UFF. O programa é uma das ações decorrentes do Acordo de Cooperação Técnica, Acadêmica e Científica entre a universidade e a Marinha do Brasil.

O projeto inova ao incluir a tecnologia de holografia para propiciar apoio ao diagnóstico, orientação e supervisão à distância e em tempo real, suprindo a necessidade de interação de ações de profissionais de saúde em regiões remotas com especialistas da UFF localizados em Niterói. O laboratório tem um público-alvo distanciado de centros urbanos e localizado em regiões de difícil acesso, e seu planejamento incluiu a apropriação do conceito de telepresença e introdução às telecomunicações, ampliando, assim, a abrangência do princípio da interdisciplinaridade.

A coordenadora técnica do Programa Telessaúde, Jamaci Lima, disse que o laboratório é a materialização de um sonho, após três anos de estudos e testes. “Espera-se que, com o passar do tempo, esse trabalho possa ser ampliado para outras áreas do conhecimento”, afirmou Jamaci.

Na primeira fase do projeto, serão promovidos atendimentos simulados em uma avaliação multidisciplinar com pacientes da Neurologia e Geriatria do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) e do Mequinho, com o objetivo futuro de realizar atendimentos com pacientes na Região Norte do Brasil. "O laboratório é voltado para interiorizar o atendimento na área de cognição dos idosos da Amazônia, que não têm o aparato tecnológico dos grandes centros", acrescentou a coordenadora técnica.

O laboratório é tecnologicamente financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, com contrapartida de infraestrutura da universidade, instalado em dependências do Centro de Referência em Assistência à Saúde do Idoso/Serviço de Geriatria (Crasi) do Huap. A coordenadora do Crasi, Yolanda Boechat, declarou que “é uma honra receber um projeto desse porte, que irá engrandecer ainda mais o serviço de Geriatria do Huap dando suporte também ao ensino”.

No âmbito da UFF, o acordo entre as instituições é gerenciado pelo Núcleo de Estudos de Tecnologias Avançadas (Netav) da Escola de Engenharia, sob a coordenação do professor Julio Cesar Dal Bello.

“A holografia é uma tecnologia emergente, que dá forte sensação de presença. Nós podemos garantir que a imagem holográfica pode ser realizada em tempo real e reproduzida em qualquer lugar do mundo”, afirmou Dal Bello.

O diretor do Huap, Tarcísio Rivello, lembrou que a educação à distância é uma área importante da UFF e destacou a missão da universidade em inovar o conhecimento.

“Esperamos que todo trabalho desenvolvido tenha uma finalidade: ser utilizado por nossos pacientes e pela sociedade. Esse é um projeto em que vejo essa perspectiva”, declarou o vice-almirante da Marinha do Brasil e presidente da Fundação de Pesquisa dos Amigos do Hospital Naval Marcílio Dias, Edson Baltar da Silva.

O reitor da UFF, Roberto Salles, disse estar feliz em finalizar seu mandato à frente da universidade com os avanços em estrutura física e qualidade nos últimos oito anos. Salles afirmou que o Laboratório Holográfico é um projeto importante para a UFF, em parceria com a Marinha.

Na ocasião, foi realizada uma menção em homenagem à criadora do Crasi e professora aposentada, Vilma Duarte Câmara. Após a cerimônia, houve uma demonstração da tecnologia holográfica e atendimento simulado.

Programa Telessaúde

O Programa Telessaúde nasceu do convite feito por representantes da Marinha e do Netav a um grupo de pesquisadores da UFF especializados no tema do envelhecimento humano. O objetivo é elaborar um projeto que aproveitasse ações da Marinha do Brasil dirigidas a populações com dificuldades de acesso às ações de saúde pública.

Em 2012, foi proposto o projeto Atenção à Saúde Integral do Idoso, com Apoio da Tecnologia da Telepresença, orientado para ações de neuropsicologia. Em parceria com o Crasi da UFF, os pesquisadores atuam na assistência aos idosos que são atendidos pelo Huap, permitindo ações de saúde integral para os idosos ribeirinhos dos afluentes do Rio Amazonas, que fazem parte do público-alvo das ações da Marinha por intermédio dos Navios da Esperança, como são conhecidos.












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