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Fotos: Natasha Dias
Comandante Wolney Dias destacou a contribuição da comunidade acadêmica para contenção da violência

Estudantes e docentes, como o professor Lenin Pires, do Departamento de Segurança Pública, participaram do debate

Comunidade da UFF recebe autoridades de segurança e discute ações para prevenção da violência
27/3/2013

Estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal Fluminense se reuniram no final da tarde desta terça-feira, 26 de março, no auditório da Faculdade de Economia, para discutir a segurança no entorno dos “campi” da universidade com comandante Wolney Dias, do 12º Batalhão da Polícia Militar, e o delegado Alexandre Leite, da 76ª Delegacia Policial de Niterói. No encontro, foram debatidas e apontadas alternativas para diminuição dos casos de violência na região e ratificada a importância da atuação da comunidade acadêmica em parceria com as autoridades públicas.

Embora a violência seja uma constante nas diversas regiões da cidade e do Estado do Rio de Janeiro, o diretor da Faculdade de Economia da UFF, Alberto Di Sabbato, chamou a atenção para a peculiaridade do entorno da universidade. “Nós não queremos privilégios para a comunidade da UFF, mas entendemos que a circulação de um grande número de pessoas, em particular de jovens estudantes, no entorno das nossas unidades, sobretudo no turno da noite, é um atrativo para a atuação criminosa”, ponderou.

De acordo com o comandante Wolney Dias, desde o dia 21 de março, há patrulhamento motorizado especial, em caráter temporário, na região que cerca os “campi” da UFF, das 12h à meia-noite, de segunda a sexta-feira. “Esse policiamento extraordinário logicamente foi tirado de algum lugar; pois não recebemos um recurso extra. Vão ficar até quando? Isso vai depender da demanda, pois nossos recursos são limitados”, explicou o comandante, acrescentando que outras três viaturas fazem a ronda na região onde se localizam as unidades da UFF.

Wolney Dias também defendeu a interação entre a polícia e a comunidade acadêmica para prevenção e solução dos crimes praticados nas redondezas. Segundo ele, além do policiamento ostensivo, serão implementadas ações educativas, como a realização de palestras, a criação de fóruns de discussões e a reedição de uma cartilha elaborada pela Superintendência de Comunicação Social da UFF, com o objetivo de orientar a população sobre como evitar situações de risco no dia a dia.

O delegado Alexandre Leite salientou a importância de se registrarem as ocorrências de roubos, furtos e outros delitos formalmente nas delegacias, a fim de balizar a polícia com dados para investigação e identificação dos criminosos. “Quando a Polícia Militar prende um elemento em flagrante por roubo, ele vai responder por aquele roubo. Se temos informações oficiais do registro de ocorrência podemos municiar o batalhão da PM para direcionar o policiamento. No dia em que esse criminoso for preso, ele responderá por todos os crimes. Essa é a importância da ocorrência: facilitar o trabalho preventivo e repressivo também”, frisou o delegado.

Com o intuito de contribuir para o aumento do número de registros, o pró-reitor de Administação, Leonardo Vargas, adiantou que a universidade irá disponibilizar um número telefônico por meio do qual as vítimas de violência na UFF poderão solicitar o acompanhamento de um funcionário para formalizar a ocorrência sem se sentirem constrangidas de irem sozinhas à delegacia.

Por sua vez, Wolney Dias também prometeu a divulgação de um número direto para comunicação com o policial que atende à área do entorno da universidade, com o objetivo de acelerar a ação policial. Sem perder de vista as ocorrências que não são registradas oficialmente, seja por inibição ou constrangimento da vítima, o comandante propôs também que os estudantes sugiram a criação de um canal para informação informal dos delitos que acontecem nas mediações da universidade.

Uma próxima reunião com o comando da PM em Niterói e representantes da Prefeitura deverá ser marcada no início do próximo semestre letivo. A ideia é abordar outros fatores que contribuem para a ação criminosa na região, como a iluminação precária nas ruas e a falta de poda das árvores.

Participaram do encontro alunos e docentes da UFF, dentre eles, os diretores de unidades Jürgen Fritz Stilck, do Instituto de Física; Ana Lúcia Abrahão, da Escola de Enfermagem; Leonardo Guelman, do Instituto de Arte e Comunicação Social; Jorge Najjar, da Faculdade de Educação; Edson Alvisi Neves, da Faculdade de Direito; além da chefe de Gabinete da reitoria, Martha de Luca; do pró-reitor de Graduação, Renato Crespo; do pró-reitor de Administração, Leonardo Vargas; do major André Luiz Caetano e da major Íris Milena, do 12º Batalhão da PM.
UFF Notícias - Superintendência de Comunicação Social (SCS)