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Fotos: Arquivo SCS
Nova unidade funcional de salas de aula (Ufasa) no Campus do Gragoatá

Faculdade de Odontologia, no Campus do Valonguinho, reformada

Nova sede da unidade em Santo Antônio de Pádua, Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior

Campus da Praia Vermelha

Hospital Universitário Antonio Pedro


Polo de Nova Friburgo
UFF completa 52 anos de tradição em ensino, pesquisa e extensão, priorizando o aumento do acesso ao ensino superior
18/12/2012

A Universidade Federal Fluminense foi criada em 18 de dezembro de 1960 pela lei federal nº 3.848, inicialmente denominada Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uferj). Foi incorporada à sua estrutura as já existentes faculdades federais de Medicina, Odontologia, Medicina Veterinária, Direito e Farmácia. Também foram agregadas as faculdades estaduais de Serviço Social e Enfermagem, além das particulares com cursos de Filosofia e Ciências Econômicas.

O primeiro estatuto da universidade foi elaborado e aprovado em agosto de 1963, na gestão do reitor Paulo Gomes da Silva. Até então, a Uferj era regida pelo regulamento da, na época, Universidade do Brasil, atualmente denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em novembro de 1965, a Uferj passou a ser chamada pela denominação atual, UFF.       

Em sua origem, a UFF foi concebida com o modelo tradicional de ensino superior próprio da conjuntura daquele período, baseado na cátedra, vitalícia e autoritária, na segmentação e justaposição de cursos e em um processo rígido de seleção de alunos para poucas vagas. Considerado um modelo ultrapassado, a sociedade cobrava mudanças que acompanhassem o projeto de desenvolvimento do país e as pretensões sociais e humanistas do momento. Com o golpe militar de 1964, as universidades passaram a ser focos de resistência ao regime, e a discussão sobre a reforma universitária ficou focada em questões mais técnicas e administrativas do ensino.

Em 1966, teve início a implantação da reforma universitária que priorizou a massificação do ensino superior e a transformação da universidade em um centro de investigação científica e tecnológica, com o objetivo de auxiliar na expansão industrial brasileira. Algumas das mudanças mais importantes foram a criação de departamentos, em substituição às tradicionais cátedras; a integração de áreas que desenvolviam ensino e pesquisa em comum e a determinação de matrículas por disciplina. Em 1969, foram instituídos os regimes de tempo integral e dedicação exclusiva nas universidades federais e o incentivo à pós-graduação.

Tendo de adequar-se aos novos parâmetros para o ensino superior estabelecidos pela reforma, a UFF adotou como órgãos da administração superior o Conselho Universitário, o Conselho de Ensino e Pesquisa e um Conselho de Curadores para fiscalização. Foram também criados órgãos executivos e órgãos suplementares diretamente subordinados ao reitor.

A UFF em Números

A Uferj recém-criada contava com apenas 60 docentes e três mil alunos. Em 2012, a UFF recebeu cerca de 10 mil novos alunos para um total de 104 cursos de graduação. Também neste ano foram contratados 98 novos professores e 345 servidores técnico-administrativos, totalizando um quadro de 2.960 professores e 4.705 técnico-administrativos para atender a 33.771 alunos matriculados na graduação.

O crescimento de estudantes matriculados por semestre foi de 61% se considerarmos o período entre o início de 2009 e o fim de 2011. A fim de atender às demandas dos estudantes, houve um aumento de 300% no número de concessão de bolsas sociais entre 2007 e 2011 (auxílio-moradia, apoio-transporte, alimentação, auxílio-creche, por exemplo), que passaram de 609 para 3.062 nesse período. Também foram concedidas 4.014 bolsas acadêmicas aos estudantes (monitoria, estágio, extensão, iniciação científica, dentre outras).

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega, informou que atualmente 96% dos professores da UFF possuem mestrado ou doutorado. O número de docentes com curso de doutorado saltou de 62% em 2006 para 78% em 2012. Além disso, entre 2004 e 2012, saltou de 191 para 270 o número de professores reconhecidos como pesquisadores do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) responsável por promover a pesquisa científica e tecnológica e incentivar a formação de pesquisadores brasileiros.

Conectada às tendências e aos desafios do país, a UFF criou em 2009 sua Agência de Inovação, com a missão de transformar as pesquisas em soluções concretas para os problemas da sociedade, fazendo com que o número de patentes depositadas por cientistas da universidade saltasse de 15 até 2010 para 21 em 2011.

A instituição conta hoje com um Núcleo Experimental e uma Fazenda Escola em Iguaba, na Região dos Lagos, 32 unidades de ensino superior em 6 polos no interior, 26 polos de educação a distância e uma unidade avançada em Oriximiná, no Pará. Completando a estrutura da universidade como um todo há uma biblioteca central, 23 bibliotecas setoriais, 349 laboratórios, nove anfiteatros, um hospital universitário, uma farmácia, um centro de artes e um colégio de aplicação.

As obras de expansão da estrutura física da universidade

Alavancada pelos recursos advindos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a UFF encontra-se em processo de expansão. Diante do desafio de crescer sem perder a qualidade, já foram entregues as obras de reforma nas faculdades de Economia, Farmácia, Veterinária, Odontologia e Direito, nos institutos de Matemática, Biomédico e de Arte e Comunicação Social (prédio antigo). Também merecem destaque as obras no prédio do Departamento de Morfologia (antigo Anatômico) e na Faculdade de Medicina, assim como a reforma e modernização de nove elevadores do Huap que se encontram no serviço de Emergência, nos prédios anexo e principal. Também um novo elevador foi instalado para dar acesso ao subsolo.

Dois novos prédios do tipo Ufasa (Unidades Funcionais de Sala de Aula) foram inaugurados em 9 de março de 2012. Uma das edificações é o Bloco A do Campus do Gragoatá e a outra é o Bloco H, no Campus da Praia Vermelha. O pró-reitor de Graduação, Renato Crespo, explicou que cada bloco conta com 26 salas, quatro delas de multimídia. Todas as salas possuem ar-condicionado e data-show. Os novos prédios estão adaptados à acessibilidade, com piso tátil para deficientes visuais, banheiros adaptados para cadeirantes e elevadores com aviso sonoro e tecla em Braile, devendo atender a todos os cursos dos "campi" em que estão abrigados. 

Com relação às unidades do interior, foram concluídas obras de reforma de salas de aula em Campos dos Goytacazes e Volta Redonda, além da biblioteca e do prédio principal de Santo Antônio de Pádua e a moradia estudantil de Rio das Ostras, com capacidade para atender 48 alunos.

UFF Notícias - Superintendência de Comunicação Social (SCS)