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Fotos de Maria Léa Aguiar e
Rosane Fernandes

Reitor recepciona toda a equipe do projeto que está sendo desenvolvido com os municípios do Conleste

Encontro na UFF reuniu a diretora da ONU–Habitat, Cecília Martinez; o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa; e a coordenadora da UFF no projeto, Regina Bienenstein

Os pró-reitores das universidades do Ceará e Maranhão, respectivamente, Salvador da Rocha e Antônio Luiz Amaral, que serão as novas parceiras da Petrobras adaptando a experiência da UFF no Comperj
UFF, Petrobras e ONU–Habitat se reúnem para discutir segunda fase do Projeto Conleste
10/2/2010

O reitor Roberto Salles recebeu nesta quarta-feira, 10 de fevereiro, as parceiras Petrobras e ONU–Habitat no projeto que está sendo implementado na Região Leste Fluminense, para fazer um balanço dos três anos de atividade conjunta e discutir a próxima etapa do programa.

Agora, haverá desdobramentos nos estados do Ceará e Maranhão, com a UFF transferindo seu conhecimento e sua experiência às respectivas universidades federais, adaptando-os a características regionais.

O projeto está sendo implantado, no Estado do Rio, na região integrada pelos municípios que compõem o Conleste, que é o consórcio formado pelos 12 municípios afetados pelo Complexo Petroquímico da Petrobras (Comperj).

A UFF tem diversas áreas envolvidas no projeto – saúde, educação, comunicação, urbanismo, arquitetura, saneamento e meio ambiente –, coordenadas pela professora Regina Bienenstein, diretora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (Nephu) da UFF.

Segundo ela, "quando um grande projeto começa a ser instalado numa área, há um consequente assédio de pessoas de fora sobre os assentamentos existentes, que tende a elevar os preços da terra, cujos donos vendem suas casas e se mudam para mais longe, favorecendo a favelização".

Nesse sentido, diz Regina Bienenstein, o primeiro esforço foi conhecer o número de moradias e de que tipo de serviço elas dispõem, coletando dados nas seis áreas, em parceria com a Petrobras e a ONU–Habitat. O que se viu, afirma a professora, é que os municípios não conhecem sua realidade. Por isso, a tarefa principal agora é capacitar gestores locais, ao mesmo tempo em que se constroem projetos e propostas para serem implantadas de modo a resolver os problemas diagnosticados.

Os maiores problemas encontrados são relativos a saneamento ambiental, água, esgoto e coleta de lixo, principalmente. Itaboraí, por exemplo, não tem um metro de rede de esgoto. Também os tipos de assentamentos foram analisados, e definidos os caracterizados como precários, que serão acompanhados no decorrer do projeto.

Até 2012, as ações devem estar voltadas para a capacitação de gestores e a definição de projetos, construindo, em conjunto, as propostas, mostrando e explicando o que significam os dados coletados.

Para o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, “essa experiência do Comperj com a UFF é muito importante e deve ser levada às duas universidades, do Ceará e do Maranhão, para integrá-las aos projetos de implantação de refinarias no Nordeste, como novos parceiros”.

O pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Ceará, Salvador da Rocha, concorda que "uma realidade nova" está surgindo com os esses projetos da Petrobras "e que os municípios têm carência de gestores e de equipes técnicas, o que torna as parcerias com universidades mais importantes, mas que, por outro lado, nem todos têm essa visão do trabalho em parceria".

Também para o pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Maranhão, Antônio Luiz Amaral, os gestores não assimilam com tranquilidade essa parceria, "havendo, inclusive, prefeitos que não aceitam sequer a participação do Sebrae no seu município".

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