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Thales Rafael
Professores, funcionários e estudantes com membros do núcleo na cerimônia de inauguração
Professores, funcionários e estudantes com membros do núcleo na cerimônia de inauguração

Professora Susana Planas dá aula sobre visão além da capacidade de enxergar
Professora Susana Planas dá aula sobre visão além da capacidade de enxergar

Participantes tomam "café no escuro"
Participantes tomam "café no escuro"

Grupo Oficina do Som se apresenta
Grupo Oficina do Som se apresenta
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (Sensibiliza UFF) é inaugurado
16/6/2009
Atualizada em 18/6/2009

A UFF agora tem um núcleo destinado à acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência e/ou outras necessidades educacionais especiais (transtornos do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação). A inauguração do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão – Sensibiliza (Nais–UFF), realizada no dia 10 de junho, contou com a presença de dirigentes, estudantes e coordenadores de outras instituições envolvidas no trabalho.

Além de transpor as barreiras físicas, o núcleo tem como proposta sensibilizar a comunidade universitária para a implementação de uma política de acessibilidade e a inclusão do tema deficiência/inclusão social de pessoas com deficiência, em todos as atividades e nos cursos de graduação e pós-graduação. A coordenadora do núcleo, professora Luiza Moreira da Costa, destacou a importância de articulações dentro e fora da UFF para a manutenção do Nais e explicou a evolução do projeto de extensão para núcleo, com apoio da Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos (Proac).

Com sequelas de paralisia cerebral, o aluno do último semestre do curso de Física Thiago Lacerda agradeceu à equipe do Sensibiliza e desabafou: "A sociedade brasileira ainda é muito preconceituosa". Ele está à espera do resultado das provas para ingresso no mestrado. O reitor Roberto Salles se desculpou em nome da UFF pelos 30 anos de atraso da universidade na questão da acessibilidade de deficientes, e garantiu que todas as obras na instituição estão sendo feitas com essa preocupação. Ele também anunciou a concessão de 30 bolsas para alunos da graduação com deficiência. Em seguida foi inaugurado oficialmente o núcleo.

Na sequência, os participantes da cerimônia se dirigiram ao pátio da Biblioteca Central do Gragoatá, onde assistiram a apresentação do Grupo Oficina do Som, formado por deficientes visuais, que tocam instrumentos feitos com material reciclado.

Ao final do evento, a coordenadora do projeto "Café no Escuro: ver e não enxergar", Susana Planas, mostrou, baseada nas leis da física, experimentos que iludem o olho humano e estimulam os outros sentidos. Além da aula, os participantes sentiram um pouco o que enfrentam os deficientes visuais: de olhos vendados e bengala, foram conduzidos por um labirinto e, numa simulação de bar, tomaram um cafezinho com biscoito. "É preciso relativizar a visão", reiterou Susana.


UFF Notícias - Núcleo de Comunicação Social (Nucs) - 2009